quarta-feira, 18 de maio de 2011

Assunto: Orquídeas e substratos. Tema: Componente planta.

Quem acompanha este blog percebe que não sou muito de ficar passando receitas, prefiro tentar desenrolar "o novelo", e por isso o título "orquídeas e substratos" e não algo como "substratos para orquídeas".


Para falar de substratos no cultivo de qualquer planta tem-se que considerar muitas coisas, como as características das plantas, dentre elas anatomia, morfologia, fisiologia, sistemas de ramificação, taxa de crescimento de parte aérea e da raiz, demanda hídrica e demanda nutricional, e também, as características dos substratos, dentre elas constituição, granulometria, formato das partículas, taxa de decomposição, dureza e densidade, uma vez que cada uma dessas variáveis combinadas entre si, e com as condições ambientais de cultivo, onde se incluem também particularidades do cultivador, propiciam diferentes resultados.


Para contextura de iniciantes ou de estrangeiros que acompanham este blog, uma breve apresentação do cenário.

Especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde se tem a maioria da população orquidófila do país, até alguns anos atrás preferencialmente se cultivava orquídeas em um único substrato tido como consagrado, a fibra de xaxim, que é extraída de algumas espécies de samambaias nativas nos remanescentes de Mata Atlântica, e por se tratar de algo extrativista e o conservacionismo ganhando cada vez mais espaço, o corte da samambaia foi proibido, assim como o seu comércio e o comércio de orquídeas cultivadas neste tipo de substrato.

Lembro de listas de discussões da internet na época da proibição movimentarem tentativas de abaixo assinados para reinvidicarem aos órgãos competentes a não proibição do comércio de xaxim, alegando absurdos como não haver outros meios de se cultivar bem as orquídeas, aliás o xaxim é um dos piores substratos que já vi, a razão deste meu comentário verão aí para frente.


Então o xaxim foi proibido e houve uma grande procura visando conseguir um substituto. Aumentaram as publicações de artigos científicos no tema, embora a maioria deles ruins devido ao pouco tempo de condução dos experimentos dos quais foram gerados, menos de um ano, o que não dá tempo para a maioria das orquídeas responderem com brotações, e muita conversa em rodas de orquidófilos acontece até hoje. Minha impressão é que susbtrato é o principal gargalo da produção de orquídeas em escala comercial e no cultivo amador.


Primeiro as considerações sobre plantas, sugiro uma lida também aqui no post Seminário do doutorado.


Existem inúmeras formas de se classificar e agrupar as orquídeas, vou falar aqui das mais fundamentais.


Quanto aos sistemas de ramificações, existem as orquídeas monopodiais e as simpodiais.


O termo "monopodial"  é em alusão dessas orquídeas possuírem o meristema apical (responsável pelo crescimento primário) no ápice do caule denominado de caule aéreo, e seu crescimento consistindo basicamente no aumento do comprimento desse caule. A orquídea monopodial cresce produzindo folhas novas e internódios entre elas com uma certa periodicidade, e as flores surgem de gemas nas axilas das folhas.
Existem as monopodiais de internódios muito curtos, como as do gênero Phalaenopsis e Doritis, e de internódios relativamente compridos, como Vanda Renanthera. Se vocês lembrarem-se de uma planta dessas que já tenham visto, lembrarão do caule bem rígido e fibroso, dando a impressão de que ele é bem mais seco que os pseudobulbos suculentos das cattleyas ou das oncidiuns, o que se deve ao principal tecido de sustentação das plantas, o esclerênquima, estar presente em grande proporção nesses órgãos (os caules aéreos), tecido este constituído de células mortas, que praticamente não armazenam água e nutrientes.


Ao observarmos as plantas de orquídeas monopodiais é importante inferirmos sobre a área de superfície de folhas (número de folhas × "área ou tamanho de cada folha") e a consistência das folhas.


A maior parte da água que o corpo de uma planta perde é por evapotranspirção pelas folhas. Evapotranspiração é a água passando pelo corpo de um ser vivo e evaporando de sua superfície para sua atmosfera. Geralmente muitas folhas grandes e de consistência herbácea (tenras) nos diz que as plantas não são eficientes em usar água, evoluíram em microclimas bastante úmidos, onde não é fácil perder muita água por evapotranspiração porque o ar ambiente estando constantemente úmido exerce pouca força de retirada de água do corpo das plantas. Folhas menores e em menor número por planta, e de consistência mais dura (tendendo a coriácea) são mais impermeáveis, permitindo às plantas toleram microclimas relativamente mais secos.
Monopodial de internódio curto e muitas folhas grandes e tenras: Phalaenopsis.

Monopodial de internódio longo e de folhas grandes porém coriáceas: Ascocenda (Vanda × Ascocentrum).
Algumas monopodiais são mais exigentes em umidade atmosférica que outras, o que pode ser compensado com maior frequência de irrigação e/ou substratos que retém mais água, no entanto pela ausência de pseudobulbos pode-se considerar que as monopodiais de uma maneira geral demandam mais água que as simpodiais, um pouco dessa conversa já postei também em Orquídeas, paisagismo, agronomia e um pouco de ecologia.


Nas orquídeas com sistema de ramificação simpodial várias gemas participam da formação de vários eixos de crescimento, embora haja um eixo predominante. O crescimento se dá a partir de gemas laterais na base dos pseudobulbos conectados pelo rizoma. O rizoma tem constituição semelhante ao caule aéreo das monopodiais (aliás, é praticamente um caule aéreo "deitado"), fibras (esclerênquima), e por isso não é uma estrutura importante para o armazenamento de recursos, mas permite às plantas alastrarem-se sobre superfícies colonizando maior área, e em ecologia área ou espaço é um recurso importante, e as orquídeas deste grupo contam com órgãos especializados para o armazenamento de água que são os pseudobulbos, cujas formas muito variam, podendo serem cilíndricos, elípticos, discóides, ovóides, fusiformes, etc. 
Aquela conversa de área total de folhas conta muito aqui também, especialmente a relação àrea foliar / volume de reserva, volume este relacionado ao volume do pseudobulbo. A grosso modo plantas com folhas grandes e com pseudobulbos finos exigem microclimas mais úmidos do que plantas com folhas pequenas e com pseudobulbos volumosos, porque perdem mais e reservam menos água.


Outra coisa que conta muito na escolha de substratos e de recipientes para o manejo otimizado das orquídeas é saber sobre seu tipo de mecanismo fotossintético. 


Na fotossíntese as plantas incorporam o carbono do CO2 atmosférico no seu corpo, o que se dá abrindo os estômatos dos órgãos verdes (folhas, raízes e pseudobulbos) para a entrada de CO2 e saída de O2, no entanto ao abrirem os estômatos as plantas perdem também água na forma de vapor.


Algumas plantas das famílias Orchidaceae, Bromeliaceae, Crassulaceae e Cactaceae possuem o metabolismo fotossíntético MAC, que possibilita a abertura dos seus estômatos durante a noite, quando a temperatura é menor, e por isso o ar atmosférico tem menor força para extrair a água do corpo das plantas, assim elas fazem fotossíntese sem perderem muita água atoa. Muitas outras peculiaridades acompanham as plantas MAC, por exemplo, seus estômatos são geralmente em menor quantidade e com aberturas de menores diâmetros, ambos contribuindo para diminuirem a perda de água, também suas células são mais juntas, permitindo mais células vivas por unidade de volume de corpo para armazenarem ainda mais água.


Outras orquídeas possuem o mecanismo fotossintético C3, e essas abrem os estômatos durante a luz do dia, embora nas horas de temperatura mais amena, e são as que geralmente crescem mais rápido.


É dificil confirmar o tipo de metabolismo fotossintético só de olhar para uma planta, isso se consegue com experimentação, mas na literatura como no livro Orchid Biology, do Arditti, temos quadros com exemplos. Todas as cattleyas (ex laelias e sophronitis brasileiras inclusive) são MAC, algumas espécies dos gêneros Dendrobiuns, Phalaenopsis e até mesmo Oncidiuns  também, ou seja, geralmente as tipicamente epífitas ou rupícolas. Já as tipicamente terrícolas como Arundina são geralmente C3. Catasetuns estão constando no livro como C3, apesar de epífitas, mas eles tem uma compensação importante para evitarem a perda de água excessiva durante o ano que é a queda das folhas no período mais seco.


Este tipo de informação é importante para o manejo, dentro do contexto de produção integrado de orquídeas, o que também envolve irrigação, adubação e controle de pragas, algo apresentado nos posts Regas em orquídeas, Regas em orquídeas II, Visita técnica e Adubação de orquídeas.


Bom, agora a classificação de orquídeas que mais diretamente e intuitivamente relaciona-se ao assunto "orquídeas e substratos" é quanto ao habitat: terrícolas, epífitas e rupícolas. Evidendemente existem espécies que podem ser encontradas desenvolvendo-se tanto sobre árvores quanto sobre rochas, e até diretamente no solo, o que é possível porque muitas variáveis ambientais estão compensando as limitações, por isso prefiro discutir sobre o que chamo de rupícolas típicas, epífitas típicas e terrícolas típicas, abordando algumas particularidades que as caracterizam.


Há um grupo dentre as terrícolas típicas que possuem folhas de consistência herbácea e de bastante área superficial, além disso suas folhas geralmente duram somente alguns meses do ano, acumulando reservas em suas raízes tuberosas ou pseudotuberosas. Há muitas espécies deste grupo de orquídeas no Brasil, porém negligenciadas pela maioria dos orquidófilos por acharem elas com um aspecto não muito interessante. São das mais fáceis de se cultivar, toleram substratos velhos e sombra. São geralmente C3.

 


Outro grupo das terrícolas típicas são as com folhas permanentes e com raízes finas ou pouco suculentas, em cultivo no país destacam-se os "sapatinhos" (gêneros Paphiopedilum e Phragmipedium), phaius, arundina e cymbidiuns. A maioria são C3, no entando a literatura revela algumas MAC. 

Essas plantas são terrícolas típicas porque não possuem adaptações ao ambiente mais dessecador no qual as epífitas típicas estão sujeitas, com excessão de algumas poucas que são MAC, mais especificamente fracas MAC, contam sempre com o acesso à "caixa d'água" permanente do seu substrato, que é o solo.


Logo abaixo duas plantas de Prescottia sp., gênero de espécies terrícolas típicas, uma planta desenvolvendo-se no solo e a outra como epífita. As plantas deste gênero possuem folhas perenes e raízes pseudotuberosas, essas últimas incapazes de aderirem-se às superfícies, e na foto nota-se que a planta epífita está usando um orifício que acumula sedimentos e água como um vaso em um tronco inclinado de uma árvore em uma floresta ombrófila altimontana (fitofisionomia de microclimas bastante úmidos), então apesar dela não ter adaptações específicas ao epifitismo, o "Universo conspirou" e o ambiente está compensando limitações para ela estar lá como holoepítita acidental.
As epífitas típicas e as rupícolas típicas geralmente apresentam as mesmas adaptações para ocorrerem em ambientes mais xéricos (secos), adaptações tão mais nítidas na medida que ocupam fitofisionomias mais secas (cerrado strictu sensu em relação a uma floresta ombrófila densa, por exemplo) e topo de árvores (quanto mais longe do chão mais seco). Geralmente numa escala mais macro essas adaptações são folhas menores e mais inclinadas (ver Epidendrum, fotossíntese e saturação luminosa), aumento da relação volume de pseudobulbo / área de folhas, e raízes com velame mais espesso. Algo que tenho notado nas cattleyas rupícolas típicas, e em outras das "vizinhanças" como Pleurothallis teres  e Epidendrum campestre é que elas sempre produzem relativamente poucas raízes, e essas são relativamente também mais finas, tanto em cultivo quanto nos habitats, até mesmo seus seedlings no meio de cultura in vitro produzem poucas raízes, vemos sempre as raízes comfinadas pequenas frestas rasas, no pouquíssimo substrato existente ali, então no cultivo temos que ter o cuidado de manter suas poucas raízes vivas, usando substratos que não se decompõem tão facilmente.


O velame das raízes é constituído por uma ou mais camadas de células mortas circundando todo perímetro das raízes, quando secos o velame geralmente de cor branca, no entanto em alguns gêneros como Maxillaria tende à coloração marrom avermelhada. 

O velame funciona como esponja retendo água e nutrientes que escorreriam rápido, também aderem às superfícies fixando assim a planta toda, e protegem as células vivas no interior das raízes evitando que as mesmas recalcitrem quando expostas ao ar. Arranquem uma erva do quintal e a deixe sobre o chão, na sombra, verão que em poucos minutos ela estará irreversivelmente seca, apertem as vistas nas raízes e verão reentrancias ao longo delas, isso é recalcitração, enquanto que com as raízes das orquídeas epífitas ou rupícolas, e até mesmo com algumas terrícolas, isso não acontece assim tão rápido.

As raízes com velame branco ficam verdes quando molhadas, na foto abaixo verão uma Neofinetia falcata recém regada, as raízes verdes são mais velhas, com o velame mais adiantado em desenvolvimento, ou seja, com mais camadas de células mortas depositadas e por isso sendo esponjas melhores, as raiz jovem ainda está serosa e com velame fino, e por isso é menos higroscópica.


Abaixo esquemas de cortes transversais em raízes de diferentes orquídeas, diferentes especialmente quanto aos habitats, a região em cinza mais claro ao redor das raízes é o velame, notarão que em algumas raízes o velame é proporcionalmente mais espesso, o que se deve ao maior número de camadas de células mortas, isto ocorre justamente em orquídeas epífitas típicas ou rupícolas típicas, e, novamente, é tão mais espesso conforme mais seco seu habitat mais típico, ou seja, mais no alto das árvores ou fendas mais rasas de complexos rupestres, até mesmo sob cultivo, dentro de certo limite as raízes podem apresentar velame mais espesso em condições de susbtratos mais drenados do que as raízes em vasos e recipientes menos arejadas. 


Agora abaixo imagens reais usando microscópio, na esquerda corte da raíz de uma orquídea tipicamente terrícola com velame praticamente inexistente, pode-se inferir que ela habita solos mais úmidos e férteis, no centro o corte de uma raíz de outra espécie de orquídea tipicamente terrícola, com velame relativamente espesso, porém desorganizado em relação ao velame da epífita à direita, o que corrobora para diminuição da sua eficiência, vide os alvéolos hexagonais das colméias de abelhas que propiciam eficiência máxima por volume no armazenamento de recursos. A raiz da epífita típica possuí velame (V) bem organizado, além de estruras denominadas de pontuações em "U" (PU) que conferem ainda maior impermeabilidade às raízes.

Outra coisa interessante quanto a isso é que as raízes de orquídeas epífitas típicas são mais vascularizadas do que as raízes de terrícolas típicas, possivelmente para ajudar a absorverem água e nutrientes mais rapidamente. 
Importante ressaltar que existe infitas variações dentro de cada tipo básico de habitat, terrícola, epífita e rupícola, e cada espécie de orquídea tem um nicho ecológico preferencial de ocorrência.


Orquídeas saudáveis são orquídeas com raízes boas, não necessariamente com muitas raízes, tenho touceiras grandes porém com relativamente poucas raízes, mas essas em bom estado, em substrato bem arejado, aptas a absorverem os nutrientes e a água que interceptam, vide a Cattleya bicolor brasiliensis  abaixo, com poucas raízes saindo do cachepo e pseudobulbos ficando maiores a cada ano:

Para ilustrar exemplos de orquídeas simpodiais com características morfológicas e habitats bastante distintos, abaixo estão a rupícola típica Epidendrum campestre em fresta  rasa de rocha em complexo rupestre de quartzito, ambiente bastante árido, e a fresta acumula pouco do sedimento arenoso (que retem menos água e nutrientes minerais que um sedimento mais argiloso) que predomina nessa formação geológica, apresenta aspecto suculento, com folhas relativamente pequenas e inclinadas frente ao pseudobulbo de base larga, e mais abaixo a epífita típica de fuste baixo (perto do chão onde é mais úmido) em floresta ombrófila densa Octomeria  sp. com folhas grandes e pseudobulbos finos:
Epidendrum campestre.

Octomeria sp.
Abaixo uma foto de um cenário  comum em orquidários comerciais e amadores, muitas plantas diferentes sendo cultivadas na mesma bancada (recebendo o mesmo trato), e plantadas no mesmo substrato e no mesmo tipo de vaso, reparem algumas plantas bem, verdes, e outras já bem amareladas, o que é sintoma de deficiência nutricional em estágio avançado, em decorrência da morte das raízes das orquídeas mais sensíveis:
Em detalhe o aspecto do substrato decomposto, no caso toquinhos de madeiras "moles" de baixa durabilidade, notem a quantidade de cogumelos que são estruturas de reprodução do grupo de fungos que estão decompondo o substrato. No caso a planta Coelogyne flaccida não foi prejudicada, ainda está verde, é uma espécie terrícola que tolera substratos ácidos e menos arejados, o que acontece no caso da madeira em avançado estado de decomposição proporcionando um substrato de granulometria fina:
Cattleya bicolor minasgerasiensis por muitos anos emitindo pseudobulbos de altura estagnada quando em vaso com substrato unicamente de xaxim, ao mudar para um vaso maior com as folgas preenchidas com pedaços de formatos irregulares de casca de peroba raízes mais saudáveis puderam ser mantidas, então a eficiência da planta se nutrir com o adubo fornecido aumentou:

Várias imagens de um orquidário comercial com cultivo em xaxim e vaso de plástico, manejo inadequado demonstrado por folhas amareladas e avermelhadas, e brotações cada vez menores, ambos sintomas de deficiências nutricionais em virtude da falta de raízes vivas ou em bom estado para absorverem o adubo. Com a decomposição do xaxim ácidos orgânicos que danificam os tecidos das raízes são produzidos e acumulados neste tipo de vaso, e também o xaxim velho adquire maior capacidade de retenção de água e perde a porosidade para o arejamento das raízes ao longo do tempo:








Raízes mortas em substrato de xaxim, restando apenas o "esqueleto".


Muito comum quando o substrato é xaxim os pseudobulbos ficarem maiores quando com o crescimento da touceira saem do vaso, para um novo ambiente sem a acidez e a alta capacidade de retenção de água do xaxim velho:

Raízes de epífitas e de rupícola típicas "fugindo" do ambiente ácido e enxarcado do substrato xaxim velho:
Não confundir com as epífitas classificadas como nidiepífitas (principalmente espécies dos gêneros Rodriguezia, Ionopsis, Catasetum, Mormodes, Cycnoches  e algumas Cyrtopodium), cujo termo é em alusão ao hábito de emitirem raízes para cima formando "ninhos" para acumularem resíduos para se nutrirem com a decomposição deles ao longo do tempo, o que parece ser uma característica tão bem indexada que mesmo sob um cultivo mais úmido e com fornecimento frequente de adubo elas não perdem esta característica:


Raízes de epífitas  típicas indo no sentido do ambiente mais úmido, na segunda foto, em um orquidário meio que abandonado, sem irrigações, as raízes ramificaram-se embaixo do vaso ao lado para aumentarem a superfície de contato com a umidade acumulada ali:


A idéia aqui foi proporcionar uma visão geral de como é importante olhar e interpretar as características de cada planta que se pretende cultivar, o que sem dúvida é um exercício interessante para orquidófilos que são observadores e curiosos por natureza, quanto maior o domínio de informações teóricas básicas melhor é o cultivo, porque mais poder de interpretação e de ação se tem, e isso consegue-se com o tempo e principalmente com estudo.


No próximo post, na semana que vem, informações e discussões sobre as características básicas dos substratos, e exemplos de suas relações com as características de plantas apresentadas aqui e algumas recomendações de manejo.

Até.