segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Serra do Cipó II

Agora chegando em um capão florestal de difícil acesso. Abaixo à esquerda arrumando a estrada na base da enchada, e à direita uma das muitas espécies de sempre - vivas (Eriocaulaceae) da região.











Uma Floresta Ombrófila, caracterizada por ocupar ambientes de umidade atmosférica constantemente elevada ao longo do ano todo, de acordo com o Elton, associada a solos mais profundos, no contexto da Serra do Cipó.











Mata com iversas espécies de orquídeas, como as Brasilidium praetextum
















Espécies terrestres:















































Abaixo, uma da extremidades desse capão, um pasto, com uma Veloziaceae de grande porte, mas nada em comparação às velozias gigantes pelas quais o Parque também é conhecido, e à esquerda, a flor de uma Iridaceae, no meio do pasto.













A mata deste capão florestal é secundária, o que é nítido quando vemos testemunhas do que aquilo já foi, como as duas árvores na foto, abaixo à esquerda uma peroba - amarela e uma Lauraceae. também fragmentos de carvão pelo chão da mata, à direita.














Os solos que no geral sustentam as florestas são pobres (vide Florestas, solos pobres e ciclagem biogeoquímica, também no Geófagos), a vegetação extremamente dependente da ciclagem biogeoquímica de nutrintes, ou seja, partes das plantas vão morrendo, caindo na superfície do solo, se decompando e os nutrientes alocados nos órgãos mortosi voltam a integrar um outro ser vivo ao serem reabsorvidos pelas árvores.

Reparem como as raízes das árvores nas matas são superfíciais.











Abaixo, uma sequencia do trabalho de amostrar a manta orgânica, primeira etapa para as análises cujos resultados ajudarão à embasar a tese do Elton:






















Uma outra espécie de Epidendrum:











Algumas das principais pragas da orquidofilia, ocorrendo naturalmente neste ambiente, caramujo e vespinha das raízes, esta última em uma raíz de Epidendrum, o que é pouco comum nos orquidários domésticos, pois normalmente estas preferem as raízes das espécies do gênero Cattleya.









Outras coisas bonitas de se ver:














Interessante o contraste de pigmentação entre as duas superfícies das folhas de algumas espécies, à direita uma Miconia sp., indicativo de solos pobres:











No meio da tarde a névoa se dissipa e o Sol incide sobre e sob o dossel:




Um pôr do Sol no Cipó, com seu único aspecto desagradável, as mutucas:











Nunca antes havia presenciado um pôr do Sol deste, o horizonte e os objetos refletem uma mistura de amarelo com cor de rosa. Impressionante!

Nenhum comentário: