quinta-feira, 26 de abril de 2007

Esta planta é albina?


Tem-se visto por aí a denominação equivocada de plantas portadoras de genes recessivos responsáveis pela ausência da pigmentação mais comum nas flores das espécies, especialmente para o grupo das cattleyas bifolhadas, as quais a variações recessivas de alguns genes resultam em geral em flores verdes, ou verde-amareladas, com o labelo branco, são elas principalmente as Cattleya guttata, C. bicolor, C. leopoldii, C. granulosa, C. elongata e C. schofieldiana.
Um animal albino é aquele desprovido de melanina, e em botânica, um indivíduo albino é aquele desprovido do pigmento verde denominado clorofila, e em geral as espécies são parasitas, pois não são capazes de fixar carbono atmosférico e transformá-lo em carboidratos, para sua constituição (celulose) e energia química (ATP após a glicólise). E as orquídeas com estas características de flores possuem ao menos as folhas, pontas de raízes e pseudobulbos verdes, sendo capazes de desempenhar fotossíntese nestes, embora comumente apresentem uma diminuição de vigor em relação às plantas com flores pigmentadas na variação tipo (aquelas mais comuns para as espécies em questão).
Mesmo para plantas não parasitas, como as orquídeas, principalmente com a auto-fecundação podendo induzir a homozigose recessiva, é possível que surjam indivíduos verdadeiramente albinos, como os da Stanhopea sp. da foto, com vários graus de albinismo na parte vegetativa inclusive que, se não estivessem sido cultivadas in vitro, com sacarose como fonte carbono, provavelmente não passariam da fase de protocórmio (“primeiro caule”; estrutura formada logo após a germinação da semente).

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