O método que venho utilizando com bastante sucesso é o plantio dessas partes na areia grossa como substrato em um vaso qualquer, de cerâmica ou de plástico, sempre recebendo os tratos normais, como regas, adubações e outras pulverizações.
A técnica é basicamente enterrar a parte mais basal dos pedaços de plantas (pseudobulbos traseiros), de maneira tal que se mantenha sustentada na vertical, sem enterrar na areia em profundidade demasiada.
Ajuda bastante se antes for utilizado algum estimulador de raízes.
Os vasos devem ficar em lugar relativamente mais sombreados, é freqüente acontecer de as brotações novas apodrecerem em condições de verões bastante chuvosos como ocorre em boa parte do Brasil, por isso se as chuvas estiverem muito freqüentes, recomendo que se abrigue o vaso nessas épocas, porque se não apodrece mesmo.
Com o brotinho já bem desenvolvido, com as raízes no início do crescimento, pode-se amarrar a muda em um toquinho, ou plantar em um vaso pequeno, por exemplo, aí segue o normal, aumentando de tamanho de vaso na medida que a touceira vai crescendo.
Existem outros métodos que são o de se colocar os pseudobulbos dentro de uma garrafa pet cortada, ou deixar as traseiras no copinho de alguma bromélia maiorzinha do quintal, ambos me parecem que funcionam também, mas continuo achando o apresentado inicialmente aqui mais eficiente, uma vez que ao contrário da pet o vaso pára bem em pé, dá para se colocar várias plantas por vaso e proporciona uma poluição visual menor no orquidário.
A finalidade de se manter os vasos mais sombreados, em lugares de microclima mais úmidos do orquidário, assim como no interior de uma pet, é de se evitar a desidratação excessiva dos material plantado, embora a maioria das pessoas diga que o ambiente irá hidratar o material, isto não ocorre pelo fato dele ser alta a impermeabilidade imposta pela cutícula na epiderme dos orgãos das plantas de orquídeas, em outras palavras o microclima serve para diminuir a velocidade de desidratação do material por aumentar potencial hídrico da atmosfera ali presente, e não para "empurrar" água para o interior do corpo da planta.
O mesmo princípio aplica-se para nebulização e outros métodos de aumentar a umidade da atmosfera na aclimatação de vários outros tipos de mudas de outros vegetais recém retirados do ambiente in vitro, ou para favorecer o enraizamento adventício de estaquinhas de crisântemo, por exemplo.
4 comentários:
Marcus muito didatico, gostei muito , pois diariamente nos defrontamos com esses problemas na orquidofilia.
Obrigado Eni
abraços
Olá Marcus...esse metodo serve para uma Phalaenoposis que está sem raizes? obrigada
Marcus tenho lido suas postagens e gostado muito.
Quanto a UTI em saco plástico fechado com umidade elevada, o que você acha?
Pode ser utilizado estimulantes de enraizamento tais como Superthrive, B1, etc.?
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